Em...Almada, um cidadão deseja deslocar-se a Lisboa via fluvial e dirige-se em Cacilhas à bilheteira da Transtejo, a empresa que explora o transporte fluvial ente as duas margens do Rio Tejo para adquirir o objecto da sua compra: A VIAGEM de barco, optando por adquirir o cartão de 10 viagens para beneficiar do desconto associado à compra do pacote de 10 viagens.
Sem receber qualquer informação entregam-lhe um Cartão “7 Colinas” e a factura comprovativa do pagamento.
Após entrar na sala de embarque, lê a factura e verifica que para além do custo das 10 viagens pagou mais 50 cêntimos pelo cartão designado “7 Colinas”
Observa o “7 Colinas” e lê
«Transportes da Região de Lisboa. Bilhete recarregável. A sua utilização pressupõe o conhecimento e aceitação das condições de adesão a este serviço».
Esta é boa!
Ninguém lhe mostrou ou disse no acto da compra “as condições de adesão a este serviço” nem o informaram. A eficiente funcionária limitou-se a pedir a quantia que pretendia receber e a entregar o “7 Colinas” e respectiva factura.
Não satisfeito com o abuso do “pressupõe o conhecimento”, ao chegar a Lisboa, o cidadão solicita na bilheteira “as condições de adesão a este serviço”
Outra desilusão. Não são condições nenhumas, mas sim um folheto informativo.
O cidadão não tem alternativa para não “aderir” às abusivas e desconhecidas condições que a Transtejo lhe impõe, a não ser que se atire ao Tejo para fazer a travessia a nado.
Estamos perante um roubo legalizado (?) de 50 cêntimos a todos os cidadãos utilizadores daquele serviço.
Cidadão não tem de pagar qualquer custo adicional sobre o preço do objecto da sua compra : a viagem de barco entre as duas margens.
No tal “7 Colinas” dizem que o bilhete é recarregável, mas o que é certo é que se o cidadão perde o cartãozinho objecto do roubo, terá de desembolsar mais 50 cêntimos sempre que efectuar uma travessia-viagem e não tiver na sua posse um “7 Colinas”.
O cartão "7 Colinas" não é nenhum bilhete, nem nenhum titulo de transporte, se não estiver recarregado! É um cartão com "tecnologia" incorporada que o cidadão se vê obrigado a pagar sem lhe dar possibilidade de utilizar o meio de transporte.
Sabemos que esta "prática de roubo" está a ser usada por outros operadores de transportes a actuar no nosso país, não podendo o cartão ser recarregado em outro operador, sem utilizar as viagens anteriormente carregadas.
Quem ganha com o negócio? Diga quem sabe.
Quem perde já sabemos.
Estamos em presença um processo de esperteza saloia, resultante do progresso, com recurso “a tecnologia” avançada para explorar o cidadão e lhe ir roubando “legalmente” ( ? ), 50 cêntimos aqui...50 cêntimos acolá e assim os operadores vão engordando e conseguindo verbas extras, à custa do "pobre cidadão" colocado à mercê destas vampiras empresas de transportes, autorizadas, ( ? ) a meter a mão no bolso do cidadão-vítima.
E o cidadão fica indiferente a estes roubos e afrontas à sua dignidade ?
COMECEMOS A DENUNCIAR ESTES ROUBOS !
NÃO PERMITAMOS QUE NOS ROUBEM !
É caso para se dizer: Vão roubar para uma autoestrada!